5 PRINCIPAIS VÍCIOS DE LINGUAGEM QUE VOCÊ DEVE EVITAR


5 PRINCIPAIS VÍCIOS DE LINGUAGEM QUE VOCÊ DEVE EVITAR

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Os vícios de linguagem são alguns problemas na fala ou na escrita que podem ser evitados depois que passamos a conhecê-los. Eles costumam surgir em situações de tensão, por descuido, quando nos acostumamos a reproduzi-los e, principalmente, quando não colocamos em prática o nosso Português.

Entretanto, evitá-los é fundamental para ter um bom desempenho na Redação, não comprometer o seu resultado em uma prova, mandar bem nas entrevistas, além de que eles podem ser cobrados em questões de Português no Enem.

Para saber identificar e evitar os vícios de linguagem, listamos 5 das alterações mais comuns. Acompanhe o post e saiba como ficar longe deles!

O que é vício de linguagem?

Um vício de linguagem nada mais é que utilizar uma ou mais palavras e expressões que não estão de acordo com a norma culta. Trata-se de uma mudança causada pela ignorância ou pelo descuido em relação à língua padrão.

Quando são reproduzidos, os vícios de linguagem podem comprometer a imagem pessoal e profissional de uma pessoa. Além disso, eles são muito avaliados em redações, provas de vestibulares e entrevistas de emprego.

Quais os tipos dos vícios de linguagem?

Se você quer ser uma pessoa com boa comunicação e sabe como fazer uma boa redação, veja 5 problemas de linguagem que podem ser evitados a seguir! 

1. Arcaísmo

O arcaísmo diz respeito às palavras antigas e em desuso, que não fazem mais parte do vocabulário da Língua Portuguesa. Utilizar esses termos torna o diálogo ou a escrita antiquados e com aspecto arcaico.

Fazer conjugações na segunda pessoa, por exemplo, é algo que deve ser evitado. Além disso, expressões, como “quiçá”, “Vossa Mercê” ou “por obséquio”, fazem parte do arcaísmo e já não valem mais a pena serem utilizadas em redações ou discursos.

2. Barbarismo 

Já o barbarismo acontece quando se faz a pronúncia ou a grafia errada, há erros de morfologia ou semântica ou até mesmo no uso do estrangeirismo de maneira inadequada. Falar ou escrever palavras de forma errada, como “largata” (lagarta) ou “iorgute” (“iogurte) são bons exemplos disso. O mesmo acontece quando, em um diálogo, a pessoa passa a usar palavras estrangeiras sem necessidade, “you know”? 

No caso da morfologia, o erro estaria em conjugar um verbo ou escrever algumas palavras de maneira incorreta. Um exemplo é falar “cidadões” — por mais que seja intuitivo pluralizar o aumentativo masculino com “ões”, nesse caso, fala-se e se escreve “cidadãos”.

Esse equívoco pode se repetir também em frases, como “Se eu o ver, aviso-o”, quando o correto seria “Se eu o vir, aviso-o”. Já no sentido semântico, o barbarismo acontece quando se confunde uma palavra com outra, como “Sempre que eu o vejo, eu o comprimento”, no lugar de “Sempre que eu o vejo, eu o cumprimento” — “comprimento” se refere a uma medida, enquanto “cumprimento” é o ato de saudação.

3. Solecismo

Há também o solecismo, que se trata de erros de regência, colocação e concordância. Quer ver um exemplo disso? “Hoje fazem seis meses desde que comecei a estudar para o vestibular” — aqui, o correto seria dizer que “faz seis meses”, pois o verbo não concorda com nenhum sujeito. 

É preciso ter cuidado, principalmente na escrita, com a colocação pronominal. Por exemplo, “Me mande uma mensagem?”, na verdade, é “Mande-me uma mensagem?” na norma culta. Isso ocorre sempre no início de um período (no começo de um parágrafo, depois de uma vírgula ou após uma pontuação).

Há também o solecismo na regência. Uma boa forma de demonstrar isso é no emprego errado da preposição. Ao dizer “Assisti o Michael Jackson no clipe”, você está falando que o auxiliou, mas a frase “Assisti ao Michael Jackson no clipe”, significa que você viu ao videoclipe. 

4. Neologismo

Neologismo é um termo que não existe de maneira oficial no idioma falado. Geralmente, você consegue observá-los em músicas ou poemas, nos quais quem compôs a obra inventou uma palavra.

Isso acontece muito na internet também, ao adaptarmos um termo de outra língua para o Português. Por exemplo, você já stalkeou crush hoje? Aqui vemos uma palavra em neologismo e outra em barbarismo, pois conjugamos o verbo “stalk” em Português e utilizamos um estrangeirismo (“crush”).

5. Pleonasmo

Você já teve aquela surpresa inesperada de ver com os próprios olhos algo que estava adiando para depois? Aqui percebemos três exemplos de pleonasmo, que nada mais é que a redundância na informação.

Perceba, para que uma coisa seja surpreendente, obviamente era inesperada. Da mesma forma, quando se adia algo é sempre para depois. Além disso, o único órgão que nos permite ver são os olhos. Prestar atenção tanto na repetição de uma informação quanto de uma ideia é fundamental para manter a escrita e a fala coesas.

Como evitar os vícios de linguagem?

Agora que você sabe quais são os principais vícios de linguagem, saiba o que deve fazer para evitá-los no dia a dia:

  • • identifique o problema: primeiro, é necessário reconhecer um vício — caso não consiga fazer isso sozinho, não hesite em pedir ajuda de professores, amigos ou da família;
  • • crie um roteiro: sempre que começar a escrever uma redação ou praticar uma fala, faça um esboço com as ideias mais importantes para torná-las concisas e com menores índices de erros;
  • • pesquise: a Língua Portuguesa apresenta diversas regras e exceções — por isso, sempre que surgir uma dúvida sobre grafia, regência ou semântica, faça uma pesquisa;
  • • estude: nada melhor que dedicar algum tempo para estudar o idioma e, assim, evitar erros comuns;
  • • revise o texto: nunca entregue algo escrito sem que esteja revisado, pois erros podem passar despercebidos antes de uma leitura atenta;
  • • leia em voz alta: essa é uma ótima técnica para identificar algo que soa estranho e que pode estar escrito de maneira errada.

Por que evitar?

Os vícios de linguagem só têm impactos negativos, seja na sua imagem pessoal, quando você acaba cometendo uma inadequação na fala, seja no seu desempenho acadêmico, pois coloca à prova a confiabilidade do que você escreveu.

Dessa maneira, saiba identificar os vícios de linguagem e estude para evitá-los ao máximo em tudo o que você produz. Assim, é possível dominar a Língua Portuguesa de forma excelente, característica muito valorizada no mercado de trabalho.




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